domingo, 24 de janeiro de 2010

Fasion moment 2, parte 2: Mais sobre o look de inverno




[se você não seu a parte 1, confira aqui]


Continuando, lá vão algumas outras dicas fundamentais para sobreviver ao seu inverno de muitos meses (sim, sim, morremos de inveja de você, leitor@, que nos despreza com seu bronzeado e traje de banho...)

2) Praticidade

Tem tudo a ver com o seu grau de intimidade com os acessórios de inverno e o tamanho do frio que te espera lá fora. Pensando sempre que estaremos vestidos com o básico (calça, camiseta de manga comprida, suéter).

Grau 1: pouco frio – você usa um lenço, tênis ou bota ou outro sapato que não precisa ser de cano alto, depende do visual que você quer, e uma jaqueta quente, mas curta, na altura ou logo abaixo do umbigo.
Grau 2: frio – lenço mais encorpado, bota, jaqueta na altura da coxa ou sobretudo. A maioria dos meus dias de inverno são assim.
Grau 3: bem frio – aqui vale considerar o cachecol, umas meias mais quentes, e o sobretudo sem a menor dúvida. Pode ser o caso de usar o suéter da vovó, além de alguma boina ou gorro, mas não necessariamente tudo isso.
Grau 4: nevando – cachecol, suéter da vovó, gorro, meias de lã, luvas. Aqui onde estou não chego nesse grau. Daqui pra frente é pensar nos sobretudos forrados de penas, aqueles gorros de bandido que só deixam o olho de fora mas esquentam o ar quando você respira e não te deixam morrer de pneumonia, enfim. Madame Croissant pode fornecer mais detalhes.

3) Não ficar sempre com a mesma cara

Tem que investir nos lenços variados, nas meias calças com vários padrões e desenhos (vamos aproveitar que este inverno permite algumas ousadias cromáticas como o roxo e o verde), ter aquelas 3 jaquetas, uma de cada comprimento, além do sobretudo 4x4. O único problema é que essas últimas camadas de roupa, a das jaquetas/sobretudos, costumam custar caro. Esse costuma ser o fator limitante por excelência, a quantidade de pesetas do nosso orçamento fashion pra sobreviver ao inverno (época em que suas contas sobem, porque você gasta mais luz e tem que pagar a calefação em casa, que fica bem carinha).

Aliás, dica MUITO IMPORTANTE: leia sempre as etiquetas com as instruções de lavagem na hora de comprar as peças de inverno. Tem muita roupa que tem que ser lavada a mão (imagina aquele frio beirando o zero grau e você lá com a mão enfiada no balde com sabão em pó!) ou a seco (pior ainda: tem uns suéteres tipo Zara ou Mango que custam 10 € e só admitem esse tipo de lavagem, que custa a mesma coisa. Resultado: você não vai pagar e acaba de adquirir uma roupa descartável, que vai usar só uma vez e jogar fora!). Os americanos costumam ser ótimos nesse ponto, praticamente toda a roupa deles pode ser lavada à máquina.

Continuamos em breve. Yours,

Darling Darling

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Do POP, de sangue e de fome


Olho para os primeiros lugares dos mais vendidos com aquela desconfiança que acompanha a todos os que aprenderam (ensinaram isso pra gente na escola?) que o que mais vende deve ser ruim. O romance mais vendido deve ser ruim (taí o compatriota campeão de vendas Paulo Coelho para não nos deixar mentir), o CD mais vendido deve ser uma droga (taí também o belo casal Calypso para comprovar nossa teoria) e da música à literatura, estendemos nosso preconceito do que é POP por tudo o que repousa sobre a Terra.

Mas os fenômenos de venda também me causam certa curiosidade, especialmente quando se trata de criaturas fascinantes com dentes afiados. O que mais vende “a nível de” vampirismo? A seqüência Crepúsculo- Lua Nova- Eclipse- Amanhecer. Sim, assisti aos dois primeiros e li Lua Nova, não sem certo constrangimento, é verdade, de trair esse antigo ensinamento de que o que é muito POP deve ser de péssima qualidade.

Além de me deliciar sozinha no cinema numa quarta-feira com pipoca com a fascinante arte pós-moderna da musculação + anabolizantes que fez com que Jacob Black ganhasse cadeira cativa no imaginário das mulheres com mais de 11 anos (minha mãe viu, a mãe de uma amiga viu e a reação é sempre a mesma, independente da idade: Nossa, que coisa + linda. Meu Deus!!!), vejo no romance dos vampiros atuais belas metáforas da paixão.

Envolta num cenário adolescente de dramas shakespereanos (não é a toa que Romeu e Julieta são referências constantes na relação do casal da história), com um certo ar “emo” e aquela capacidade de sofrer que só uma adolescente tem, Julieta tinha 14 anos quando conheceu Romeu.

Não estrago as surpresas (para quem quiser ver ou ler) ao contar que Edward- o vampiro por quem Bella, que é humana, se apaixona- tem o poder de ler a mente das pessoas.

Mas Bella para ele é opaca, somente a ela ele não tem acesso, ela a quem ele ama. Além de não conseguir ver os pensamentos da amada, Edward precisa controlar-se para que sua fome por Bella não o faça mordê-la, o que a mataria.

Bella, do seu lado, anseia para que Edward a morda e ela se torne vampira através dele, assim os dois teriam sempre a mesma idade e, literalmente, poderiam viver para sempre juntos.

Parece ter sido essa mesma escolha a de Romeu e Julieta, morrer juntos em seu amor.

A paixão tem algo de violento, de assassino do outro. Uma fome grande demais, vontade de morder, de colocar pra dentro, de transformar o outro na mesma coisa, tornar igual, abolir diferenças.

Penso o fato de Edward não poder ler os pensamentos de Bella como uma bonita metáfora do apaixonamento. Por mais aguçados que possamos ser para captar o outro, seus sentimentos, motivações, ao apaixonar-se o alvo da paixão se torna obscurecido pelo calor de tamanha fome.

Não é a toa que vampiros sempre foram, para mim, essa imagem misturada de sedução e morte, de fome e querer-bem, e querendo tanto, tomar o outro dentro de si.

Na história de Edward e Bella e Jacob cenas de sexo não entram, cenas com as quais os nosso olhos estão acostumados e cansados. Me parece que a autora nos trouxe algo tão antigo quanto esquecido, o calor desse desejo de se entregar, um querer que dói, abre buraco no peito, escurece a visão.


Se os vampiros ficam escondidos em Forks (cidade onde se passa a história) nós, mortais, temos nossas maneiras de se entregar, de morder e de querer muito alguém...

Por Mirabelle

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Fashion moment 2: meu look de inverno ganhou elogios, u-hu!



Quero compartilhar aqui a emoção de, hoje, ter conseguido não passar desapercebida no meio daquele monte do tons negros, marrons, negros, marrons, negros do guarda-roupa de inverno, que tem sempre mais ou menos a mesma cara, e cumprir com um dos meus objetivos adaptativos às estações do ano europeias: sentir-me bem vestida no inverno!

Vejam só: fui trabalhar com um vestidinho marrom trapézio que chega até acima do joelho, de uma lã gostosa cor chocolate, minhas botas pretas e estreando meias-calças com desenhos florais bonitinhos também pretas. Duas colegas vieram dizer que o vestido era bonito e que tinham gostado! E em momentos totalmente diferentes! Me achei a fashion-queen do bom gosto invernal por uns 5 minutos! Iu-huuu!

Empolgações à parte, acho que um dos maiores desafios de se adaptar ao frio é, além do frio em si com sua depressãozinha embutida no pacote, o desafio de:

1) aprender a se vestir sem passar frio;

2) aprender a se vestir com um mínimo de praticidade já que é um tal de tira casaco, põe casaco – e cachecol, gorro, luva, o escambáu;

3) não ficar sempre com a mesma cara (imagina que TODOS os dias você sai de casa com o MESMO sobretudo poderoso por uns 4 meses, e varia entre dois pares de sapato...)

4) resistir à tentação de ficar de pijama ou com qualquer outra roupa molambenta, mas quentinha e confortável, quando você está em casa

5) Ter um guarda-roupa de inverno que dê conta de tudo isso e caiba na sua casa (caber só no seu armário é totalmente utópico).

Vamos destrinchar um pouco o tema, step by step, como já diriam aqueles garotos novos no quarteirão. A gente começa hoje e termina na sexta com um por dia, que tal?

***

1) aprender a se vestir sem passar frio

Nós, morenas, branquelas, loiras, ruivas e mulatas tropicais, não nascemos sabendo fazer isso. Algumas nascem sabendo sambar; outras, nascem sabendo andar com saltos muito altos, outras nascem com mãos e pés divinamente bem cuidados. Mas se vestir para o friozão não está no nosso DNA. Algumas dicas bem-vindas:

- Mantenha o pescoço e os pés quentes. Isso já vai te manter bem mais aquecida. Os cachecóis de lã costumam ser uns trambolhos muito volumosos. Mas há outras opções: uma variedade de **lenços**, com tecidos que vão dos mais leves aos mais pesados, que você pode escolher de acordo com o tamanho do frio. Além do mais, é um acessório barato, que pode transformar ou dar um toque especial no visual.
O outro grande aliado são as **botas**. Invista em ao menos um bom par de botas por estação (elas costumam custar caro, mas o conforto e calor que te proporcionam as tornam fundamentais). E, com seus pés e pernas quentes, dá até para usar saia sem passar frio.

- Lembre-se: todos os lugares em que você vai estar têm calefação. Então, você não precisa se empacotar como se fosse ficar horas e horas exposta à intempérie. Você vai sair de casa, andar um pouco e entrar no metrô, no supermercado, numa loja, no trabalho. Não vai dar tempo de você morrer de frio. E, se for continuar andando, seu corpo vai esquentar com o exercício. Então, não tenha esse medo inicial do frio desconhecido. Ele não é nenhum bicho-papão.

- Com os dois pontos anteriores em mente, pense no que você vai vestir. O básico: calça, camiseta de manga comprida (para que o que você colocar por cima, em geral de tecido sintético, não fique te pinicando), um suéter. Esqueça aquelas blusas de lã grossa tricotadas pela vovó. São muito volumosas e travam os movimentos. Escolha suéteres de malha fina, mas quentinha, tipo caxemira. Aí, além disso, é combinar com os acessórios mencionados e o sobretudo, mas esse só na hora de ir pra rua.

by Darling Darling

domingo, 17 de janeiro de 2010

Frase do dia


"Quando eu for muito grande, vou dirigir um jipe e beijar na boca, tá bom?"

do Júnior, 3 anos, neste sábado caminhando
pela rua rumo à quitanda.

[e nós nos perguntamos: quem está fazendo companhia a nosso heroico G.I. Joe? Será uma enfermeira apaixonante? Quem não acredita que é nosso Joe na foto, vá lá conferir todos seus dotes fotogênicos, é impressionante! http://gijoelive.blogspot.com/ ]

W.W.