Transtorno sensório perceptivo de loja
Não sei se esse é um sentimento compartilhado por todas as mulheres, mas as que eu conheço ficam muito, muito, muito felizes de saírem para comprar roupas, se estiverem no peso que gostariam e tiverem o dinheiro necessário.
Se não estiverem com o corpo que queriam, ficam muito, muito, muito satisfeitas de sair para comprar bolsa, sapato, perfume, maquiagem, livro, abatjour, toalha, porta-sabonete, fivela de cabelo...
Se não tiverem todo o dinheiro necessário, ficam muito contentes de poder dividir o que compraram em 6 vezes.
Se não estiverem satisfeitas com o corpo e sem dinheiro, sair para fazer compra é por vezes a única coisa que deixa contente e faz parar de pensar que está gorda e pobre. Claro que como toda droga, tem seu efeito rebote mas...
Enfim, as mulheres experimentam uma sensação gloriosa de olhar vitrines e sentir aquele perfume inebriante que algumas lojas têm (desconfio que esses “cheirinhos” tenham ferormônios alucinógenos).
Mas esse momento tem seu lado B, além da culpa esmagadora de comprar sem ter dinheiro, as lojas causam um transtorno perceptivo intrigante.
Você se troca para sair de casa e, a não ser que esteja querendo assustar o vizinho ou convencer um psiquiatra que está deprimida e precisa de receitas especiais que ficam retidas na farmácia, você geralmente procura ficar bonita.
Não sei se esse é um sentimento compartilhado por todas as mulheres, mas as que eu conheço ficam muito, muito, muito felizes de saírem para comprar roupas, se estiverem no peso que gostariam e tiverem o dinheiro necessário.
Se não estiverem com o corpo que queriam, ficam muito, muito, muito satisfeitas de sair para comprar bolsa, sapato, perfume, maquiagem, livro, abatjour, toalha, porta-sabonete, fivela de cabelo...
Se não tiverem todo o dinheiro necessário, ficam muito contentes de poder dividir o que compraram em 6 vezes.
Se não estiverem satisfeitas com o corpo e sem dinheiro, sair para fazer compra é por vezes a única coisa que deixa contente e faz parar de pensar que está gorda e pobre. Claro que como toda droga, tem seu efeito rebote mas...
Enfim, as mulheres experimentam uma sensação gloriosa de olhar vitrines e sentir aquele perfume inebriante que algumas lojas têm (desconfio que esses “cheirinhos” tenham ferormônios alucinógenos).
Mas esse momento tem seu lado B, além da culpa esmagadora de comprar sem ter dinheiro, as lojas causam um transtorno perceptivo intrigante.
Você se troca para sair de casa e, a não ser que esteja querendo assustar o vizinho ou convencer um psiquiatra que está deprimida e precisa de receitas especiais que ficam retidas na farmácia, você geralmente procura ficar bonita.
De preferência linda.
O efeito linda é alcançado em momentos pontuais da vida nos quais um grande esforço foi despendido para tanto, como antes da formatura/casamento (cabelo, unha, depilação, tomar sol, vestido, sandália, brinco, perfume e uma enorme quantidade de alegria), ou imediatamente depois de uma noite deliciosa e rigorosamente antes de se estabelecer um relacionamento -com o dito cujo da noite- com suas nóias, cobranças e desencantos.
Você sai de casa tendo feito o esforço diário de ficar bonitinha.
Entra em uma loja e as mudanças perceptuais começam a acontecer à medida em que você experimenta alguma coisa e recoloca sua roupa.
O que tinha parecido bom no espelho de casa fica horrível no da loja, você se pergunta onde estava com a cabeça quando escolheu a calça marrom, essa bolsa velha e a blusa de bolinha.
- Mas eu fico horrorosa de marrom, pareço um urso ou uma toupeira!
Tudo da loja parece 100 vezes melhor que qualquer opção que você tem no seu armário e o efeito intrigante é que essas mesmas coisas que estão na loja perecerão do mesmo triste destino ao irem para o guarda-roupa, perdendo todo o seu brilho e encanto.
Ainda não existe uma vacina contra esse efeito, pesquisas não estão sendo feitas nesse sentido e sua única proteção é tentar lembrar que você está sob o efeito do TSP-L (Transtorno Sensório Perceptivo de Loja) e que ele passa em média de 30 a 60 minutos após sua retirada do local de contágio.
Você sai de casa tendo feito o esforço diário de ficar bonitinha.
Entra em uma loja e as mudanças perceptuais começam a acontecer à medida em que você experimenta alguma coisa e recoloca sua roupa.
O que tinha parecido bom no espelho de casa fica horrível no da loja, você se pergunta onde estava com a cabeça quando escolheu a calça marrom, essa bolsa velha e a blusa de bolinha.
- Mas eu fico horrorosa de marrom, pareço um urso ou uma toupeira!
Tudo da loja parece 100 vezes melhor que qualquer opção que você tem no seu armário e o efeito intrigante é que essas mesmas coisas que estão na loja perecerão do mesmo triste destino ao irem para o guarda-roupa, perdendo todo o seu brilho e encanto.
Ainda não existe uma vacina contra esse efeito, pesquisas não estão sendo feitas nesse sentido e sua única proteção é tentar lembrar que você está sob o efeito do TSP-L (Transtorno Sensório Perceptivo de Loja) e que ele passa em média de 30 a 60 minutos após sua retirada do local de contágio.
Uma vaia e uma salva de palmas para os marketeiros que criam essas doenças pós-modernas.
Por Cocobelle