Descobri que acho a Beyoncé incrível, especialmente no clipe “All the single ladies”, aquela dancinha do começo, com uma mão na cintura e a outra balançando onde deveria haver um anel, poderia se tornar um gesto folclórico, tipo essas coisas que passam a fazer parte da cultura popular e ninguém sabe de onde veio.
A dancinha poderia ser inserida em qualquer contexto no qual o tópico fosse: “você dançou, teve sua chance, fez merda, me frustrei e agora estou em outra!” A moça do contexto faz a dancinha, uma vez pra cada lado, ou mais, vira-se e vai embora.
Ah Beyoncé, obrigada pela dancinha, nos pouparia muitas palavras, diria por si mesma: “If you like it than you should have put a ring on it!”
A Shakira se garantiu aprendendo a dança do ventre e fazendo essa mistura entre algo de fantasia erótica latinha misturada a roupas e violões ciganos com algo de 1001a noites, não sendo mulata ou negra ela rebolando não fica tão atrás do gingado natural e inimitável da Beyoncé.
A Rihanna faz mais uma espécie de bad girl que cá para mim, dá um pouco de medo, imagem que não cai bem com as notícias reais em que ela aparece com o olho roxo por apanhar do namorado.
Essas divas Pops chegam para mim como ilustrações de modelos de mulher. Não que eu acredite que elas sejam realmente como nos clipes, com o cabelo esvoaçante, a pele dourada perfeita, maquiadas, a cintura de 60 cm (e aquele bum bum da Beyoncé, alguém já decidiu se é de verdade ou não?). Ninguém é assim, mas de certa forma essas divas se colocam como modelos do que é ser mulher hoje: independente, rica, talentosa, linda de frente, de baixo, de ponta-cabeça.
É começando por aí que acho a Lady Gaga incrível. Não que ser uma diva não seja razão suficiente para uma existência, mas diferente das outras, ela não se empenha em parecer linda-maravilhosa em cada aparição.
Ela explora radicalmente essa idéia de uma imagem criada, completamente falsa, não no sentido de mentira, mas de algo fake, montado. A começar pelo nome, que nos remete a uma personagem.
Na música paparazzi ela diz que: we´re plastic but we still have fun.
Essas divas Pops chegam para mim como ilustrações de modelos de mulher. Não que eu acredite que elas sejam realmente como nos clipes, com o cabelo esvoaçante, a pele dourada perfeita, maquiadas, a cintura de 60 cm (e aquele bum bum da Beyoncé, alguém já decidiu se é de verdade ou não?). Ninguém é assim, mas de certa forma essas divas se colocam como modelos do que é ser mulher hoje: independente, rica, talentosa, linda de frente, de baixo, de ponta-cabeça.
É começando por aí que acho a Lady Gaga incrível. Não que ser uma diva não seja razão suficiente para uma existência, mas diferente das outras, ela não se empenha em parecer linda-maravilhosa em cada aparição.
Ela explora radicalmente essa idéia de uma imagem criada, completamente falsa, não no sentido de mentira, mas de algo fake, montado. A começar pelo nome, que nos remete a uma personagem.
Na música paparazzi ela diz que: we´re plastic but we still have fun.
To be continued (Lady Gaga)...
Por Mirabelle