sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Chanel x Chablis















Darling Darling, querida (3 x fica ainda melhor)!

A-DO-REI sua coluna a respeito do burquini, nada como alguém antenada nas últimas tendências da moda árabe não é? Porque Darling, Dubai é a new NY! E vamos combinar que essa visão eurocentrista do universo é tão démodé, desde as repúblicas universitárias com alunos da geografia e da história que penduravam o mapa mundi ao contrário na parede da sala, como protesto pela localização européia no centro do papel!
E além do mais, por mais que o Bush tenha enviado seus soldadinhos loiros lá para o lado quente e arenoso do mundo, os muçulmanos estão aí, firmes e fortes com suas esposas muçulmanas! Fala-se tanto em opressão, mas eu é que morri de inveja delas.
Estive em Paris recentemente e, caminhando despretensiosamente pela Printemps (a Galeries Lafayette tem muito turista) vejo uma burqa (é assim que escreve? Copiei de você Darling Darling), porque de início é só o que se vê, andando, vislumbro Pradas fazendo breves aparições por baixo do tecido. Essa senhora caminhava seguida por três secretárias (?), seguranças? Não sei bem. Uma segurava suas sacolas- Louis Vuitton, Miu Miu, Lancel... outra parecia segurança, de preto, e a terceira falava com as vendedoras. Ela traduzia do árabe para o francês: Por favor, tem esse Chanel em vermelho? Estaria a senhora muçulmana usando um Hervé Léger por baixo do véu? Sortudos esses muçulmanos que podem imaginar.
Peguei-me no encantamento que essa mulher me causava, imaginando seu marido com poços de petróleo, sua suíte no Ritz e sua absoluta falta de preocupação com o supermercado, IPTU e academia. Fui almoçar e pedi uma taça de Chablis e então me dei conta!!! Elas não podem beber. Nesse instante me despedi do marido sheik, das jóias Cartier, dos chás de hortelã e até do tapete mágico (esse eu queria tanto!) e saí andando para pegar o metrô fedido com minhas havaianas (de tanto andar meus pés tinham bolhas em cada lado, o que impedia a utilização de qualquer coisa mais decente). Porque eu posso não comprar nada na Printemps, mas vir a Paris e não tomar uma, duas, sete taças de vinho?
Que pobreza!

Hervé Léger- Se você ainda não sabe, ou não tem, queridinha onde você estava? Mas ok. H.L. é um estilista francês que foi febre nos anos 80 com seus vestidos bandages- aqueles que parecem feitos de elástico. Só para as muito poderosas!

Chablis- Descobri há pouco tempo, que esse vinho é feito com a uva chardonnay, porém, só se chama Chablis os que são produzidos na região de Chablis (França) que tem um solo arenoso que dá uma qualidade diferente no sabor da uva.
POR COCOBELLE

3 comentários:

  1. Concordo plenamente! O que seria de nós, humanos, se não pudéssemos apreciar um bom vinho?

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  2. Cocobelle, cherie:
    Merci bien por aportar tanto à essa reflexão com sua peculiar e invejável visão parisina da "questã". Poisé, a mulherada que usa burqa (ou burca, sei lá, no meu dicionário Houaiss ainda não tem...) se veste mesmo com muita elegância por baixo de todos aqueles panos. É uma coisa engraçada, pois elas ficam se vestindo bem pra elas, e não pros homens. Mas so what? Eu também queria ter intéprete, segurança e carregador se sacola pra fazer essas comprinhas básicas que você mencionou. E um tapete mágico, claro, à prova de ácaros e auto-limpante.
    Mas o burqini, por enquanto só na Austrália (ou por internet). Acho que vou encomendar o azul com estampa de flor havaiana pro próximo verão, rá!
    bisous, bisous,
    Darling darling

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  3. People!
    Vocês viram que uma calcinha veio se pendurar no nosso varal? Puro glamour!
    A gente adora, vai lá conferir você também: http://calcinhasnarede.wordpress.com/

    Obrigada, querida calcinha, pela sua visita.

    Womber Woman

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