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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Senhor tá no céu/Senhora é a senhora sua mãe!


Mes chéris, conversemos sobre uma questão que me intriga!


Tive uma educação nada formal, não chamei meus pais nem mesmo avós de senhor e senhora. Porém, fui orientada a assim fazê-lo ao me dirigir a pessoas mais velhas que eu, com as quais não se tenha intimidade.

Eis aí o pepino contemporâneo brasileiro dos pronomes de tratamento.

Provavelmente passaram por essa situação, e não é das mais confortáveis: está lá você, com o código de politesse que sua mãe te ofertou com as pobres e poucas regras que ainda sobraram do código social, e manda um “Bom dia senhor!” a um homem de cabelos e barba brancos a quem acabou de conhecer. Em retribuição recebe um ofendido: “Senhor tá no céu!”, disfarçado com um sorriso.

Então você se desculpa em movimentos corporais e faciais de total envergonhamento e começa a busca inglória para encontrar outra maneira de se dirigir ao... (não pode falar senhor!) Você? Tiozinho? Alemão! Ô psiu! Corinthiano! E todos os nomes pelos quais os garçons tratam aos clientes e vice-versa. Imaginem chamar o Gandalf de: “Ô da barba!"

Desde que ter mais que 35 anos virou ofensa, não se pode mais ser educada com as pessoas. E eu lá tenho a ver com o problema que aquele senhor ou senhora tem com a própria idade????

Voilá o meu ponto: É por isso que eu prefiro Paris (É p. i. q. e. p. Paris!). Não deixem de ver a minha amiga Sheila que foi convidada pelo Terça Insana a falar a esse respeito. Vão lá: http://www.youtube.com/watch?v=VAjeU3nfh68

A questão de que idade virou ofensa merece outro capítulo! Prometo-o em breve, por enquanto mesieurs et mesdames, nada mais elegante que aceitar o senhor e senhora como tributo da civilização (ou os senhores preferem ser chamados de ponte-pretano?).
À toute suíte,
COCOBELLE

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Chanel x Chablis















Darling Darling, querida (3 x fica ainda melhor)!

A-DO-REI sua coluna a respeito do burquini, nada como alguém antenada nas últimas tendências da moda árabe não é? Porque Darling, Dubai é a new NY! E vamos combinar que essa visão eurocentrista do universo é tão démodé, desde as repúblicas universitárias com alunos da geografia e da história que penduravam o mapa mundi ao contrário na parede da sala, como protesto pela localização européia no centro do papel!
E além do mais, por mais que o Bush tenha enviado seus soldadinhos loiros lá para o lado quente e arenoso do mundo, os muçulmanos estão aí, firmes e fortes com suas esposas muçulmanas! Fala-se tanto em opressão, mas eu é que morri de inveja delas.
Estive em Paris recentemente e, caminhando despretensiosamente pela Printemps (a Galeries Lafayette tem muito turista) vejo uma burqa (é assim que escreve? Copiei de você Darling Darling), porque de início é só o que se vê, andando, vislumbro Pradas fazendo breves aparições por baixo do tecido. Essa senhora caminhava seguida por três secretárias (?), seguranças? Não sei bem. Uma segurava suas sacolas- Louis Vuitton, Miu Miu, Lancel... outra parecia segurança, de preto, e a terceira falava com as vendedoras. Ela traduzia do árabe para o francês: Por favor, tem esse Chanel em vermelho? Estaria a senhora muçulmana usando um Hervé Léger por baixo do véu? Sortudos esses muçulmanos que podem imaginar.
Peguei-me no encantamento que essa mulher me causava, imaginando seu marido com poços de petróleo, sua suíte no Ritz e sua absoluta falta de preocupação com o supermercado, IPTU e academia. Fui almoçar e pedi uma taça de Chablis e então me dei conta!!! Elas não podem beber. Nesse instante me despedi do marido sheik, das jóias Cartier, dos chás de hortelã e até do tapete mágico (esse eu queria tanto!) e saí andando para pegar o metrô fedido com minhas havaianas (de tanto andar meus pés tinham bolhas em cada lado, o que impedia a utilização de qualquer coisa mais decente). Porque eu posso não comprar nada na Printemps, mas vir a Paris e não tomar uma, duas, sete taças de vinho?
Que pobreza!

Hervé Léger- Se você ainda não sabe, ou não tem, queridinha onde você estava? Mas ok. H.L. é um estilista francês que foi febre nos anos 80 com seus vestidos bandages- aqueles que parecem feitos de elástico. Só para as muito poderosas!

Chablis- Descobri há pouco tempo, que esse vinho é feito com a uva chardonnay, porém, só se chama Chablis os que são produzidos na região de Chablis (França) que tem um solo arenoso que dá uma qualidade diferente no sabor da uva.
POR COCOBELLE