terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Estou.


O vento me contorna,
reflito a luz numa parte lisa
guardo uma sombra n´outra curva
e faço calor.


Quero adormecer dentro
e acordar sem vazar.
Até que lugar é eu,
onde te começa?


Preciso caber só (e toda) nesse espaço
entre detrás do osso e o arrepio
um pouco além da pele
lá fora, já sua,
onde ainda eu assobio.


Por Pommelle

7 comentários:

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  2. Faltava lapidar

    Sou grave

    Apenas o aço me sustém.
    Reverbero sons no vácuo.
    Ouço teu sopro
    e faço silêncio.

    Preciso saber se há espaço
    Entre o medo e um abraço
    subcutãneo, transpiro-te.

    Como véu liquefeito
    Descanse sobre mim,
    "Fino linho judeu".
    Onde termino?

    Mas se teu sopro
    Fere um tímpano cansado,
    Faz do aço, alumínio,
    resiliente,
    não sou teu.

    Ps. ufa, agora sim

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  3. Mais fôlego, perdão

    "Estou." Idem, Ibdem

    Uma cadeira me contorna.
    Suspendo a cabeça no antebraço
    Aponto um Faber Castel 12
    e perco o juízo

    Quero acordar fora
    e dormir cheio
    onde termino?
    Delimita-me-tu!

    Atira-te no abismo infinito
    Entre o esterno e o átrio
    meu, coração abissal,
    no fundo, já teu
    aguarda um assobio

    ps. Mari, escreva outros! Adorei "replicá-los"!
    beijão

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  4. Franco dear,

    Se você replica, lapida e triplica o verso perde a força. Mas merci por sua poetry, adoraaaaamos homens sensíveis!

    Aliás, você já viu a vertente poetwit do Ondjaki? Poesia feita no twitter, vai lá nesse post: http://varaldedentro.blogspot.com/search?q=vers%C3%A3o+do+dia

    Nossa, nosso blogue tá ficando bão de intertextualidades!!!

    Sincerely yours e volte sempre,

    Womber Woman.

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  5. Hehe! Concordo. Faça-me um favor, apague os dois primeiros!

    Franco Rayer

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  6. Oi Franco,
    Gostei mais do segundo, então resolvi deixar. Na verdade, ele e o terceiro acabam sendo dois dois diferentes, não acha?
    Que loucura isso de conhecer pessoas virtuais no mundo real. Acho que ainda não estou acostumada. Foi um prazer.
    Nice to meet you y buenas noches,
    Womber Woman

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  7. Cambio! Sim, exatamente. Vale lembrar, tentei replicar e preservar o ritmo, algumas imagens e construções do poema da Mari. É um exercício muito bom.

    W.W, foi um prazer conhecê-la virtualmente ontem!
    Ah, deixo aqui o trecho de S.S do qual te falei, um pouco de "princípio de realidade" depois das brisas virtuais.

    "Ash, Ash
    you poke and stir
    Flesh, bone, there is nothing there

    A cake of soap
    A wedding ring
    A gold filling (...)"

    até

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